sábado, 30 de junho de 2012

Lesmas Marinhas - Gastrópodes


Gastrópodes - Este é o grupo mais diversificado dos moluscos, pois pode viver tanto no mar, como em rios de água doce ou em ambiente terrestre e úmido.

gastrópode colorido
Os gastrópodes aquáticos respiram por brânquias e os terrestres respiram por pulmões.
A cabeça tem olhos e tentáculos sensoriais.
Utilizam os pés para rastejar, cavar e se enterrar.
As conchas servem como abrigo e esconderijo.
Alguns gastrópodes não têm conchas e usam outros mecanismos de defesa, como eliminar substâncias desagradáveis para afastar os inimigos.



Baleias




Baleia, nome comum de qualquer um dos mamíferos marinhos que constituem a ordem dos Cetáceos.

Diferenciam-se do resto dos mamíferos porque passam toda a vida na água, desde que nascem até morrerem. Ou seja vive no mar mas não é peixe.

O termo "cetáceo" é usado para denominartodas as espécies de baleias, delfins e toninhas que existem.

Em geral, as espécies que têm mais de 4 metros de comprimento são chamadas baleias, enquanto as espécies menores formam o grupo dos delfins e das toninhas.



A maioria das baleias pequenas, dos delfins e das toninhas pertence à subordem das baleias com dentes.

Na atualidade, existem cerca de 40 espécies de baleias e metade delas é considerada rara.

As baleias assim como todos os mamíferos, possuem sangue quente e respiram pelos pulmões.

São incrivelmente adaptadas a vida aquática e quando submersas se comunicam através de estalos

e assobios.

Alguns estudos sobre as baleias já revelaram como seu comportamento social é desenvolvido.

Algumas espécies formam grupos de forte organização social em que se alimentam juntos e protegem

os jovens e os doentes.

A baleia pode viver 30 anos em média, porém já foi registrada uma baleia que chegou até os

50 anos. Pode chegar a 20 km/h.








Anatomia




As nadadeiras de uma baleia são membros locomotores atrofiados, remanescentes do período

em que seus antepassados eram quadrúpedes. Apesar de sua aparência externa,

tem uma estrutura óssea interna bem semelhante à dos membros anteriores dos mamíferos terrestres.

As narinas de uma baleia localizam-se bem no alto de sua cabeça.

Subindo à superfície após a submersão prolongada, expele através dela o ar quente e úmido

dos pulmões, o qual se condensa em contato com a atmosfera, formando uma coluna de

gotículas de água, que às vezes se ergue à altura de mais de seis metros.

Na foto ao lado o vapor formado pela respiração da baleia.













A audição é o sentido mais importante das baleias.

Sabe-se que produzem pelo menos dois tipos de sons: os que intervêm em seu sistema de ecolocalização

e as vocalizações. Os sons de ecolocalização funcionam como uma espécie de sonar biológico,

enquanto as vocalizações são as conhecidas canções das baleias, que parecem ser um meio de

comunicação entre os membros da mesma espécie. As baleias não possuem orelhas, pois isto atrapalharia

seu formato hidrodinâmico, mas elas possuem ouvidos. A abertura do ouvido externo é um minúsculo

orifício, muito difícil de ser observado e que fica cerca de 30 cm atrás dos olhos.

A cauda é grande, e constitui o principal órgão propulsor de deslocamento da baleia.

O corpo é coberto por uma camada de gordura que ajuda na flutuação do animal e a manter o calor.

Essa gordura também funciona como meio para armazenar energia.





Alimentação




Apesar de sua imensa boca, todas as baleias têm o esôfago muito estreito.

Por isso, alimentam-se de pequenos peixes e organismos marinhos, que recolhem enchendo a boca

de água e depois deixando-a escoar através de uma rede de 400 lâminas ósseas, que substituem os

dentes - que as baleias não têm.















Respiração




A baleia é um animal de sangue quente, encontrado principalmente nas águas geladas da região antártica.

Os pulmões da baleia são excelentes, mas ela é extremamente econômica em matéria de respiração:

desde que inspira o ar até o momento em que o expira, às vezes transcorrem até 20 minutos.

Por isso ela pode mergulhar a grandes profundidades e permanecer submersa, enganando assim os

baleeiros (caçadores).













A cauda é a digital da baleia.

Nenhuma é igual a outra.

É através da cauda que os pesquisadores conseguem identificar as baleias.













Em sintonia

Quando as imensas algumas baleias chamam umas às outras através da água a distâncias maiores

que 24km, elas escolhem a mesma "janela" de frequência para enviar seus sons de baixa frequência.

Como os usuários de telefone celular, elas se sintonizam nas áreas mais silenciosas do espectro sonoro.

Os cantos submarinos das baleias e golfinhos permitem que eles se comuniquem à enormes distâncias.

Os mamíferos maiores fazem mais barulho.

A baleia se identifica mostrando a cauda, é como se dissesse: - Oi, sou eu.







Baleias-azuis




As baleias-azuis não apenas são apenas as maiores criaturas existentes na terra, como também as que

fazem mais estardalhaço. Esses gigantes oceânicos atingem comprimentos de 30m e, no fim da estação

de alimentação, podem pesar até 148 toneladas. Seus lamentos longos e graves transportam-se pela

água por imensas distâncias e podem durar até mais de 30 segundos.

Embora o repertório das baleias-azuis consista sobretudo de grunhidos e gemidos de baixa frequência,

e seja bastante limitado em comparação com o de suas parentes jubarte, elas também emitem tons de

soprano usando frequências ultrassônicas. Esses tons podem ajudar na ecolocalização — emissão de

curtos estalidos e interpretação dos ecos que retornam com informações detalhadas sobre os arredores

(como o morcego). Mas há quem pense que os longos gemidos das baleias-azuis são usados apenas

para elas se comunicarem entre si.

Outras baleias também emitem gemidos longos e de baixa frequência, destinados a enviar mensagens

através de extensas faixas do oceano. Esses gritos de longa distância parecem ter uma finalidade específica

— convocar os membros de um cardume. Quando as baleias reúnem-se em áreas confinadas, em

grupos de machos e fêmeas, seus gritos simples dão lugar a cantos mais complexos. Os sons comuns

de tonalidade grave são entrecortados por notas de frequência mais estridente.

A explicação mais provável desses arrebatados cantos é que os machos sempre tentam atrair a fêmea

com notas de frequência mais aguda, e mostrar agressividade aos rivais com notas de frequência mais grave.








Baleias francas




As baleias francas são cetáceos de grande tamanho, podendo atingir, segundo registros históricos, mais

de 17 metros de comprimento nas fêmeas e pouco menos nos machos, muito embora participantes da

caça à baleia franca no litoral do Estado de Santa Catarina nas décadas de 1950/60 afirmem

categoricamente que animais com mais de 18 metros foram capturados nas imediações de Garopaba

e Imbituba. O corpo é negro e arredondado, sem aleta dorsal e a cabeça ocupa quase um quarto do

comprimento total, nela destacando-se a grande curvatura da boca, que abriga, pendentes, cerca e 250

pares de cerdas da barbatana, que são ásperas e na sua maior extensão negro-oliváceas. O ventre

apresenta manchas brancas irregulares. As fêmeas trazem mamilas na região inguinal e glândulas

mamárias que podem ser bastante espessas, até cerca de 10cm.

As fêmeas adultas, segundo registros de captura, podem chegar a pesar mais de 60 toneladas, enquanto

que para os machos pesos acima de 45 toneladas não são incomuns. A identificação de sexo nas baleias

adultas por padrão comportamental é apenas possível no caso de fêmeas adultas acompanhadas de filhotes

em suas áreas de reprodução; em outros casos, somente a observação da morfologia da região anogenital

é determinante, as fêmeas possuindo fendas mamárias em ambos os lados da fenda genital e os machos

apresentando ausência destas fendas e ânus bastante afastado, distinguível, da fenda genital. A camada

de gordura que reveste o corpo das baleias francas é notável, podendo chegar a 40cm de largura em

alguns pontos.












O “esguicho” das baleias francas é bastante característico, em forma de “V”, resultante do ar aquecido

expelido muito rapidamente quando da respiração e da vaporização de pequena quantidade de água

que se acumula na depressão dos dois orifícios respiratórios quando o animal emerge para respirar. A

altura do esguicho pode chegar a atingir de 5 a 8 metros, sendo mais visível em dias frios e com pouco

vento, e o som causado pela rápida expelida de ar pode ser ouvido muitas vezes a centenas de metros.













A mais marcante característica morfológica da espécie é o conjunto de calosidades ou “verrugas” que

apresentam as baleias francas no alto e nas laterais da cabeça.

São calos naturais da pele, que nascem já com a baleia e são relativamente macias em filhotes recém-nascidos,

mas endurecem com o crescimento do animal.

Mas o tamanho relativo e forma não se alteram ou alteram-se muito pouco, permitindo seu uso para

identificação visual dos indivíduos.

As “verrugas” são geralmente acinzentadas ou branco-amareladas, neste último caso - o mais

freqüentemente observado - tendo sua cor aparente influenciada pela cobertura maciça de ciamídeos,

crustáceos anfípodos que colonizam as “verrugas” dos filhotes pouco após o nascimento, e acompanham

a baleia franca por toda sua vida.













As baleias francas são identificadas

individualmente através das calosidades

que possuem na cabeça ou pelas

manchas da sua cauda.

























O perigoso nascimento da baleia-de-corcova

As baleias-de-corcova, ao contrário dos cachalotes, sociáveis, vivem em bandos nomades e desgarrados

de quatro a dez baleias. Por outro lado, o relacionamento entre a mãe e filhote é mais longo e mais

estável. Eles ficam juntos por quase um ano.

Geralmente, a baleia-de-corcova dá à luz um único filhote, que sai primeiro com a cauda.

O curto cordão umbilical rompe-se ao ser esticado e o recém-nascido nada em direção à superfície

para respirar pela primeira vez.

A mãe o ajudá, empurrando com o focinho ou com uma de suas nadadeiras.

Esses primeiros segundos são importantes para o filhote, pois, enquanto seus pulmões não se enchem

de ar, seu corpo é mais pesado que a água e ele corre o risco de afundar e se afogar.







Baleia Jubarte




Conhecida também como baleia corcunda, a baleia-jubarte é chamada pelos cientistas de Megaptera

novaeangliae.

Quando uma jubarte salta, rompendo a tranqüilidade das águas, é um espetáculo impressionante. Elevando

seu corpo quase completamente fora d’água, por alguns segundos ela parece querer vencer a gravidade

e alçar vôo.

Neste momento suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu comprimento,

poderiam ser comparáveis às asas de um pássaro. Esta é a origem do nome Megaptera que em grego

antigo significa “grandes asas”.

Quem observa uma jubarte saltando fica fascinado com a beleza do espetáculo, mas com certeza ficaria

ainda mais impressionado ao descobrir que aquele corpo que se projeta no ar pode pesar de 35 a 40

toneladas e medir cerca de 16 metros de comprimento.












Embora seja única em seu gênero, a jubarte

pertence à mesma família de outras baleias que

possuem pregas ventrais.

Uma baleia com pregas ventrais é chamada de

rorqual. Todos os rorquais pertencem à família

dos balenopterídeos.

Muito da dificuldade de se estudar as baleias

vem do fato de que estes animais passam a maior

parte do tempo com seu corpo submerso,

longe de nossos olhares.

Se estivermos mergulhando e tivermos a sorte de uma jubarte se aproximar poderemos observá-la por inteiro.

Ao observarmos uma jubarte com atenção percebemos que sua cabeça é ligeiramente achatada e possui

no seu topo uma série de calombos ou nódulos, com minúsculos pêlos aderidos a eles. Ainda não se

conhece qual a função destes pêlos mas supõe-se que tenham uma função sensorial.

Também chama a atenção a boca, bastante longa e arqueada.

Iniciando-se no queixo e se estendendo pelo abdômen até a região do umbigo é encontrada uma série de

pregas de coloração branca, denominadas pregas ventrais.

Seu número pode variar de 14 a 35 e funcionam como o fole de um acordeon expandindo quando o animal

se alimenta (à semelhança do papo do pelicano) e contraindo quando ele expulsa a água para fora da boca.

Para filtrar o alimento da água do mar esta baleia utiliza uma série de placas que descem do céu da boca

e formam como que uma cortina por onde a água consegue passar e o alimento fica retido.

Estas placas são chamadas de barbatanas e são formadas de queratina, a mesma substância que forma

nossa unhas. Próximo ao canto da boca estão localizados os olhos, que possuem boa capacidade visual

tanto dentro como fora d’água.

O tórax é protegido por 14 pares de costelas e abriga o coração e os pulmões.







Na região torácica observamos duas longas nadadeiras peitorais, que numa jubarte adulta podem medir

mais de cinco metros de comprimento. A borda anterior da nadadeira peitoral é bastante ondulada, sua

face ventral é branca enquanto a face dorsal em geral possui uma mistura de padrões de preto e branco.

As nadadeiras peitorais em geral servem para ajudar a direcionar o movimento das baleias e golfinhos

quando estes nadam, auxiliando na manutenção do equilíbrio. Estas nadadeiras não são eficientes,

entretanto, para proporcionar impulsão ao animal.













Continuando em direção à cauda, no dorso da jubarte veremos uma pequena nadadeira dorsal, localizada

sobre uma ligeira corcova. Quando a jubarte mergulha costuma arquear a região da nadadeira dorsal,

deixando esta corcova mais saliente. Desta característica deriva seu nome em inglês, humpback whale,

ou baleia corcunda. Esta nadadeira dorsal possui um formato ligeiramente diferente para cada indivíduo.

Em algumas jubartes ela é mais arredondada e em outras ela pode apresentar um formato semelhante a

uma foice.







Logo após a nadadeira dorsal inicia-se a região conhecida como pedúnculo caudal, uma grande e poderosa

região muscular que, juntamente com a nadadeira caudal, é responsável por permitir a natação e a

realização dos espetaculares saltos da jubarte.













É a batida da nadadeira caudal que permite às baleias se deslocarem. Numa jubarte adulta a nadadeira

caudal pode medir mais de 5 metros de largura. Sua borda é serrilhada e na face ventral a coloração

pode ir desde quase completamente branca até totalmente escura, apresentando cada animal um padrão

de manchas e riscos diferentes. É justamente o fato de cada uma possuir um desenho único na nadadeira

caudal que permite que cada baleia jubarte possa ser identificada como um indivíduo através das fotografias

desta região. Podemos dizer então que a nadadeira caudal da jubarte constitui o equivalente das

impressões digitais dos humanos.












Uma dúvida freqüente é como saber se uma baleia que está sendo observada é um macho ou uma fêmea...

Vista da superfície, esta diferenciação é quase impossível para a baleia jubarte. Se tivermos a chance de

olhar a região ventral da jubarte embaixo d’água poderemos observar que próximo ao pedúnculo caudal

existe uma fenda conhecida como fenda genital e que abriga os órgãos reprodutivos dos cetáceos. Esta foi

mais uma adaptação para reduzir o atrito e permitir que a baleia deslize melhor na água. Durante o

acasalamento, o macho expõe seu pênis para fora da fenda genital e procura introduzi-lo na fenda da fêmea.

Existem pequenas diferenças entre machos e fêmeas: enquanto nas fêmeas a fenda genital fica deslocada

em direção à nadadeira caudal, bem próxima à abertura do ânus, nos machos a fenda está deslocada em

direção ao abdômen, próxima à cicatriz do umbigo, onde terminam as pregas ventrais. A única outra

diferença anatômica externamente visível entre machos e fêmeas é a presença de um lobo hemisférico

na região urogenital das fêmeas localizada logo após a porção posterior da fenda genital. Paralelas à

fenda genital existem duas pequenas fendas onde estão localizadas as glândulas mamárias.







A pele da jubarte é relativamente fina, para um animal de seu tamanho, possuindo menos de 1 cm de

espessura.

Na região dorsal a pele é de coloração preta, enquanto na região abdominal é variável, sendo preta

em algumas regiões e branca em outras.







Grudadas na superfície da epiderme podemos encontrar as cracas, organismos marinhos que produzem

carapaças para se proteger e que crescem sobre as baleias assim como no casco de navios. As cracas

não são parasitas, elas apenas “pegam carona” nas baleias, mas suas carapaças às vezes são afiadas e

podem ter um papel importante nas disputas dos machos pelas fêmeas.




Embora a pele seja bastante fina, as baleias possuem logo abaixo uma espessa camada de gordura que

serve como um isolante para protegê-las do frio das águas e como uma reserva de energia. A espessura

da camada de gordura varia nas diferentes espécies de baleias e também em função da época do ano.

Numa baleia jubarte esta camada pode medir mais de 15 cm de espessura.

Entre todas as baleias a jubarte é a mais maciça e a menos esbelta. Devido às suas linhas, consideradas

pouco hidrodinâmicas, a baleia não tem um desempenho tão bom quanto as outras, nada a uma velocidade

de 6 a 12km/h. Durante muito tempo sofreu intensa predação, por viver grande parte da vida ao longo das

costas marítimas. Sua caça foi proibida em 1966, porém, ainda hoje está ameaçada de extinção. Além da

caça, ainda enfrenta os problemas de poluição nos mares e até colisões com grandes embarcações.

Para amamentar, a jubarte sobe à superfície, seu filhote abocanha o mamilo, mas é incapaz de sugar: o leite

é esguichado em sua boca, quando crescem, fêmea e macho chegam ao mesmo tamanho. Sua distribuição

é muito vasta, e as populações obedecem ao mesmo tipo de migração, na estação fria, procuram águas

tropicais; na estação quente, vão para águas polares. Possui hábitos costeiros. São encontradas em todos

os oceanos, no Brasil, distribuem-se desde o Rio Grande do Sul até o Arquipélago de Fernando de Noronha,

sendo que sua maior concentração ocorre no Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia. Seu período de

gestação é de aproximadamente 12 meses, com o nascimento de 1 filhote, que possui em média 5 metros

e pode pesar até 2 toneladas.

Formam grupos de 2 a 3 indivíduos, no entanto, é comum encontrá-las sozinhas. Nos períodos de migraçã,

não se alimentam e consomem as reservas de grossas camadas de gordura que armazena nas áreas de

alimentação, próximas dos pólos. Alimenta-se principalmente de krill (pequeno camarão) e de outros

crustáceos além pequenos peixes.

As baleias jubarte são famosas por irromper da água apontando a cabeça e depois mergulhar de lado.

Além de assustar os cardumes de peixes, talvez seja uma maneira de chamar a atenção de outras baleias.

são uma espécie de aviso para manter os machos separados durante a gigantesca exibição de cortejo para

o acasalamento.















As brincadeiras acrobáticas podem

distrair os filhotes de baleias por horas

a fio.




Nadando para longe da mãe e

voltando em círculos cada vez mais

complexos, eles desenvolvem força

e habilidade. Eles também brincam

de boiar de barriga para cima e de

bater na superfície da água com o rabo.




Como a maioria das brincadeiras, esses comportamentos são específicos de uma espécie e referem-se ao

comportamento do animal adulto.





Laços estreitos







A ligação mais profunda entre as baleias é entre a mãe e seu rebento.A mãe jubarte e seu filhote ficam

juntos cerca de um ano após o nascimento.As outras relações entre as jubarte são temporárias,

durando apenas algumas horas ou dias.



As incríveis formas de comunicação das profundezas do mar








Nas águas do oceano Pacífico, a baleia jubarte macho entoa uma canção - um padrão regular de

bramidos e estrondos, entremeados de suspiros e guinchos mais curtos.Cada canção dura de 5 a 30

minutos, com algumas partes repetidas e intercaladas, exatamente como os cantos líricos e o coro na

música humana.Os cantores às vezes fazem apresentações que chegam a durar 24 horas.A baleia jubarte

do oceano Atlântico também canta, mas de forma diferente que seus parentes do Pacífico.

Os esquemas gerais assemelham-se muito, mas as partes componentes (as "letras") são bem diferentes.

Os estudos dos cantos da baleia revelam que ela os muda sempre, alterando frases ou inserindo trechos

novos. As músicas são longas e complexas, como os épicos musicais.Outra teoria é que o canto anuncia

quanto tempo o macho consegue prender a respiração, mostrando sua boa forma. Elas sempre entoam

uma frase característica antes de soltar a voz.




Um dos maiores mistérios das baleias jubarte é como elas conseguem "cantar".Quando elas se enfurecem,

são vistas bolhas mas, quando cantam, não se vê nada.Para produzir sons, essas baleias sopram o ar através

de estruturas que vibram na corrente de ar, mas não expelem ar durante todo esse processo. Talvez o

ar passe de um lado para outro na complexa rede de tubos e concavidades dentro da sua cabeça, que

funciona como uma imensa caixa acústica.

As baleias jubarte, junto com outras espécies, fazem uso das propriedades acústicas da água (o som se

propaga quatro vezes mais rápido na água que no ar).

Vez por outra elas saltam da água, deixando o corpo todo de fora, e mergulham de novo com força no

mar. Pode-se ouvir seu espadanar a longas distâncias. Os zoólogos acreditam que são formas de afirmar

sua presença entre outras baleias.










Cachalote





O cachalote tem um perfil diferente do de todas as outras espécies.

A cabeça desenvolve-se desproporcionalmente em relação ao resto do corpo, até atingir 5m, um terço

de seu comprimento adulto.

Os adultos podem ficar submersos durante 90 minutos e avisam sua intenção de mergulhar elevando bem

alto a cauda.

Quando uma família retorna à superfície após o mergulho, os cachalotes comunicam-se por uma série de

estalidos, considerados reguladores de importantes funções sociais, como o acasalamento e a procura de

alimento.

Eles também usam esses estalidos em situações de perigo. O cachalote ferido com arpão envia estalidos

para que as baleias distantes possam respondê-lo.

Cada baleia tem uma combinação especial de estalidos, como se fosse uma assinatura sonora, que a identifica

dentro do grupo.Os cachalotes reúnem-se em grupos de família, em geral de dez a vinte animais, compostos

normalmente de fêmeas adultas e suas proles. Os machos tendem a deixar a família quando atingem a

puberdade, entre os sete e onze anos, e a juntar-se ao grupo dos machos jovens.

Pode haver muita verdade nessas histórias. Os cachalotes são altamente sociáveis e viajam em bandos

de cerca de 40 fêmeas com seus filhotes para encontrarem os machos durante a estação de acasalamento.

Quando um se fere, o bando fica à sua volta para protegê-lo, ajudando a vítima a subir à tona para respirar.

Esse comportamento era muito conhecido pelos capitães que, sabendo disso, arpoavam um cachalote e

depois atacavam o bando que vinha ajudar a vítima.


Baleia cinzenta








Com a cabeça virada para o lado, a baleia-cinzenta alimenta-se de pequenos animais que habitam o fundo

do mar.

Ela percorre o local duas vezes: primeiro, agitando o findo do mar com a parte de cima do focinho, fazendo

boiar sedimentos de comida - depois, abocanhando e selecionando o alimento.

Orcas


O oceano também é povoado de bandos de orcas caçadoras bem organizadas, as chamadas baleias

assassinas, as maiores e mais rápidas da família dos golfinhos.A chave do sucesso é o forte elo entre

os membros da família, que pode chegar até dez. A grande coesão e familiaridade entre elas ajuda-os

a coordenar a caçada com tal eficiência que parece uma coreografia, seja a presa um cardume de salmão,

um leão-marinho ou uma baleia-de-corcova.

Quando caçam salmões, as orcas os assustam batendo as nadadeiras na superfície e depois

arrebanham-nos em grupos. Quando o cardume é cercado, a orca emite um som bizarro, semelhante a

um apito interrompido por uma buzina.

É o sinal de ataque. As outras orcas juntam-se para investir sobre os salmões acuados.

Baiacu




Os baiacus são peixes bonitinhos e engraçados. Seus grandes olhos, para a frente, e cara redonda, em contraste com as nadadeiras peitorais, em forma de orelhas flutuantes, dão-lhe um aspecto amistoso. Porém os baiacus têm dentes muito úteis, fundindo-se num bico afiado com o qual picam até alimentos bem protegidos como as cracas, caracóis marítimos, caranguejos e vermes tubiformes, e até dedos de quem não se cuide ao manipulá-lo.


Apesar de engraçadinho possui um dos venenos mais mortais encontrados na natureza. O veneno, tetraodontoxin, é um alcalóide encontrado em alguns cogumelos silvestres; os sintomas após a ingestão de baiacus e cogumelo Death Cap são semelhantes. O resultado, de qualquer um dos dois, pode ser fatal.


O baiacu ao lado, fica vesguinho pra olhar pra trás.







Encaixadas numa pele muito dura e espinhosa, sem nenhuma aparência aerodinâmica, nadam pachorramente como se não tivessem medo de ninguém.


Eles possuem um sistema de defesa exclusivo, um estômago ou bexiga falsos que podem inflar, engolindo água ou ar, numa série de rápidos goles.





Quando um baiacu assustado incha, seus espinhos ficam eriçados, de modo que um peixe completamente inchado transforma-se num balão espinhoso vivo, o que o torna impossível de ser engolido pela maioria de seus predadores.













Na foto ao lado, o baiacu, ao ser atacado inflou,


carregando consigo para a morte também o seu predador.














Com poderoso bico, o baiacu engole um camarão grande. O Seat flutua, pronto para arremessar-se e abocanhar o alimento que, de outra forma, com sua pequena e macia boca, ele não poderia morder.














Ao lado um "primo" do baiacu, o peixe-balão cornuto.








Peixe-borboleta







Ao contrário dos Peixes-folha e Arqueiro, o Borboleta Banda de Cobre tem uma boca pequena.


O Banda de Cobre da foto ao lado, de maneira muito especial, faz um convite aos Camarões Limpadores, para que estes o limpem.


e os camarões aceitarem o convite, eles darão um sinal com suas antenas brancas acima, à esquerda. Depois nadam para o Banda de Cobre, percorrem seu corpo retirando pequenos parasitas com suas delicadas pinças direita, atingindo até as brânquias ou boca para limpá-las por dentro.













Camarões limpando o peixe-borboleta.













O cumprimento dos peixes tem uma função, como na sociedade humana, servindo para aceitar o reconhecimento da superioridade de outro ser.













O Peixe Borboleta Arco-íris (da direita) abaixa mais a cabeça, indicando que sua categoria é inferior à do Borboleta Dourado já colocado num ângulo propício para morder o peixe submisso, em vez de demonstrar sua submissão.














Vestido de noite


De dia o peixe-borboleta do dorso preto, com seus desenhos brilhantes em preto, amarelo e tara, são confundidos como integrantes ao recife de coral.


À noite , suas cores ofuscantes apagam-se, tornando-se evidente sua denominação "dorso preto".


É possível que esse escurecimento sirva para esconder os peixes enquanto descansam.







Cavalo-Marinho



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Cavalo-Marinho: capacidade de mudar de cor 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes
Sub-classe: Actinopterygii
Ordem: Gasterosteiformes
Família: Syngnathidae
Gênero: Hippocampus


INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
Os cavalos-marinhos vivem nas águas de mares localizados em regiões de climas temperado e tropical
O cavalo-marinho é uma espécie de peixe que possui a capacidade de mudar de cor
Para movimentar-se pela água usam a vibração das barbatanas dorsais
A época de reprodução da fêmea ocorre na estação da primavera. Ela bota diversos ovos que são fertilizados pelo macho que os guarda numa bolsa (base da cauda) até o momento do nascimento
A alimentação basea-se em: pequenos vermes, moluscos, crustáceos e algumas espécies de planctons
O alimento é sugado pelo cavalo-marinho através de seu fucinho tubular
Possuem dois olhos e a capacidade de mexer um independente do outro
Nadam na posição vertical
O corpo é coberto com placas em anel e possuem espinhos na nadadeira dorsal
São utilizados em áquarios ornamentais de água salgada, porém necessitam de cuidados especiais para sobreviverem

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
:
Comprimento: 15 cm aproximadamente
Cor: amarelo, vermelho, marrom (possui a capacidade de mudar de cor)
Peso: em média de 50 a 100 gramas

ESTRELA-DO-MAR



Nome comum: Estrela do Mar Comum
Nome em Inglês: Common Starfish
Nome científico: Asterias rubens
Filo: Echinodermata
Classe: Asteroidea
Subclasse: Enasteroidea
Ordem: Forcipulatida
Família: Asteriidae
Gênero: Asterias


Com a estrela-do-mar ocorre um fato estranho. Algumas espécies são capazes de regenerar-se. Se um dos braços é separado do corpo ele é substituídos, enquanto um novo organismo completo crescerá do braço isolado. Esse processo de regeneração constitui um problema para os criadores de ostras. As estrelas-do-mar comem ostras e os criadores costumavam pegar as estrelas-do-mar, parti-las ao meio e atira-las de novo à água. O resultado disso não era a eliminação das estrelas-do-mar, mas um aumento do seu número.


Há quase 2 mil espécies de estrelas-do-mar, a maioria com cinco braços idênticos. A cor do corpo varia, mas sempre é brilhante e, às vezes, luminescente. Não possui cabeça bem cauda; seu corpo consiste de duas partes: o disco central com a boca e o ânus; e os braços, que têm carreiras de pequenos pés tubulares capazes de movimenta-la. Este animal carnívoro tem um modo especial de devorar os moluscos que carregam concha. Envolve a vítima com seu corpo e abre a concha com os braços. Então introduz o estômago na concha entreaberta e come a presa. Quando a refeição acaba, o estômago da estrela-do-mar se retrai e a concha vazia, completamente limpa, é abandonada.

A História Real de Winter, um Golfinho sem Cauda, no Cinema



Conhece Winter? Winter é um golfinho com uma história incrível - tão incrível que tem agora o seu próprio filme, "Dolphin Tale", que estreou em Setembro de 2011 nos EUA.





Aos três meses, Winter perdeu a sua barbatana caudal ao ficar presa numa armadilha para caranguejos no litoral da Flórida. Foi levada para o Aquário Marinho Clearwater, onde, na opinião dos veterinários, ela não sobreviveria; felizmente, estavam enganados. Winter sobreviveu, mas não podia nadar como os seus companheiros.




Kevin Caroll, especialista em próteses, voluntariou-se para a ajudar. "Já desenhei próteses para cachorros, avestruzes e até para um pato", disse ele ao Daily Mail. Caroll desenhou uma prótese de 76 centímetros, feita de silicone, para o golfinho. Após um ano e meio de trabalho de fisioterapia e recuperação, Winter já conseguia nadar como os outros golfinhos.





Já passaram cinco anos desde que ela recebeu a sua cauda nova e a sua fama trouxe milhares de visitantes ao aquário - os 7000 visitantes de Julho de 2006 multiplicaram-se para 35000 só no mês de Julho deste ano.








Winter contracena, no seu filme, com actores como Morgan Freeman, Ashley Judd e Harry Connick Jr. e já criou uma onda de entusiasmo como estrela de cinema, mas Kelly Martin, uma das treinadoras, acha que o sucesso não lhe vai subir à cabeça.





"Embora ela seja um golfinho que passou a maior parte da sua vida com os humanos, tivemos de habituá-la ao processo de filmagem, segurando câmaras falsas ao seu redor na piscina, começando meses antes [do início das filmagens]", revelou Krista Rosado, directora de marketing do Aquário Marinho Clearwater.



Espera-se que a popularidade de Winter traga mais atenção para outras questões importantes na vida dos golfinhos em cativeiro, incluindo o modo, muitas vezes desumano, como são capturados.

Reservas naturais itinerantes podem salvar espécies marinhas de extinção

A ideia que apenas áreas fixas de preservação no oceano podem ser criadas está ultrapassada e nãoreflete o comportamento dinâmico de algumas criaturas marinhas, segundo os cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA.

"Menos de 1% do oceano está protegido atualmente e estes parques marinhos tendem a ser determinados ao redor de objetos que ficam parados, como recifes de coral ou montanhas marinhas", disse o professor Larry Crowder, diretor científico do Centro para Soluções Oceânicas da Universidade de Stanford.

"Mas, estudos com rastreamento mostraram que muitos organismos, peixes, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, aves marinhas e tubarões, respondem a traços oceanográficos que não têm um ponto fixo", acrescentou.

"Estes são caminhos e correntes que se movem com as estações, do verão ao inverno, de ano a ano, baseados em mudanças climáticas oceanográficas como o El Niño."

Crowder e outros cientistas marinhos afirmam que o desafio agora é tentar determinar um sistema de reservas marinhas que seja tão dinâmico como as criaturas que se tenta proteger.





Luta para conservação

Pesquisas mostraram como as espécies marinhas respondem a correntes e caminhos nas águas e como as criaturas seguem os nutrientes e as redes alimentares que são levadas por estes eventos pelo oceano. Estes eventos do oceano são móveis, mudam de posição.

E, para Crowder, as reservas marinhas do futuro precisam refletir estas características.


"Além de saber onde os animais estão indo e como eles respondem às características oceânicas, também sabemos muito mais sobre onde os pescadores estão. Os pescadores têm um GPS muito preciso. Então não acho que está fora das possibilidades fazer com que os pescadores obedeçam à fronteira de uma reserva móvel", afirmou.

Sensores múltiplos

"Agora podemos colocar sensores múltiplos em um único dispositivo e quando você pode melhorar (o desempenho) da bateria com algo como um painel de energia solar, você consegue esta oportunidade incrível de ver o que um animal está fazendo em dimensões múltiplas e por longos períodos de tempo", afirmou a pesquisadora do US Geological Survey, Kristin Hart, que mostrou na reunião alguns dos menores dispositivos de rastreamento usados.

"O tamanho é importante, particularmente quando você quer responder questões a respeito de (animais) jovens ou indivíduos que se movem muito rapidamente como o atum - você não quer sobrecarregar o animal com algo grande e desajeitado, ou você vai afetar o comportamento dele", acrescentou.

Tartarugas Marinhas


As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. Mas sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram, diferenciando-se de outros répteis.
O número de suas vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve. Perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo para se adaptarem à vida no mar.
Existem sete espécies de tartarugas marinhas, agrupadas em duas famílias - a das Dermochelyidae e a das Cheloniidae. Dessas, cinco são encontradas no Brasil

TARTARUGA-CABEÇUDA

Tartarugas Marinhas
Nome Científico: Caretta caretta
Nomes comuns: cabeçuda ou mestiça
Status internacional: Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA)
Distribuição: oceanos Atlântico, Índico, Pacífico e mar Mediterrâneo (águas temperadas).
Habitat: baías litorâneas e fozes de grandes rios
Tamanho: 71 a 105 cm de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 150 kg em média.
Casco (carapaça): óssea, com cinco placas laterais de coloração marrom, o que define a espécie em comparação com as demais.
Cabeça: possui uma cabeça grande e uma mandíbula extremamente forte
Nadadeiras: anteriores/dianteiras curtas e grossas e com duas unhas; as posteriores/traseiras possuem duas a três unhas
Dieta: são carnívoras, alimentando-se principalmente de mariscos típicos do fundo do oceano, também comem caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados pelos músculos poderosos da mandíbula
Estimativa mundial da população: 60.000 fêmeas em idade reprodutiva.

TARTARUGA-DE-PENTE

TARTARUGA-DE-PENTE
Nome Científico: Eretmochelys imbricata
Nome comum: tartaruga-de-pente
Status internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA)
Distribuição: Mares tropicais e, por vezes, subtropicais
Habitat: prefere recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas
Tamanho: entre 80 e 90 cm de comprimento curvilíneo de carapaça
Peso: 80 kg em média, podendo atingir até 150 kg
Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor marrom e amarelada, que se imbricam como “telhas” e dois pares de escamas pré-frontais
Cabeça: a boca se assemelha ao bico de um falcão e não é serrilhada
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com duas unhas
Dieta: esponjas, anêmonas, lulas e camarões; a cabeça estreita e a boca formam um bico que permite buscar o alimento nas fendas dos recifes de corais
Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em idade reprodutiva.

TARTARUGA-VERDE

TARTARUGA-VERDE
Nome Científico: Chelonia mydas
Nomes comuns: aruanã ou tartaruga-verde
Status Internacional: Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Vulnerável (lista de espécies ameaçadas do IBAMA)
Distribuição: todos os mares temperados e tropicais do mundo
Habitat: habitualmente em águas costeiras com muita vegetação (áreas de forrageio), ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar
Tamanho: em média 120 cm de comprimento curvilíneo de carapaça
Peso: 160 kg em média, podendo atingir até 300 kg Casco (carapaça): quatro placas laterais de cor verde ou verde-acinzentado escuro
Cabeça: cabeça pequena com um único par de escamas pré-orbitais e uma mandíbula serrilhada que facilita a alimentação
Nadadeiras: anteriores/dianteiras e posteriores/traseiras com uma unha visível
Dieta: varia consideravelmente durante o ciclo de vida: até atingirem 30 cm de comprimento, alimentam-se essencialmente de crustáceos, insetos aquáticos, ervas marinhas e algas; acima de 30 cm, comem principalmente algas; é a única tartaruga marinha que é estritamente herbívora em sua fase adulta.

TARTARUGA-OLIVA

TARTARUGA-OLIVA
Nome Científico: Lepidochelys olivacea
Nomes comuns: tartaruga-oliva
Status Internacional: Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA)
Distribuição: oceanos Pacífico e Índico; no Atlântico ocorre na América do Sul e na costa oeste da África
Habitat: principalmente águas rasas, mas também em mar aberto
Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de carapaça
Peso: entre 35 e 60 quilos.
Casco (carapaça): seis ou mais placas laterais, com coloração cinzenta (juvenis) e verde-cinzento-escuro (adultos)
Cabeça: pequena, com mandíbulas poderosas que lhe ajudam na alimentação
Nadadeiras: dianteiras e traseiras com uma ou duas unhas visíveis, podendo ocorrer uma garra extra nas nadadeiras anteriores
Dieta: peixes, caranguejos, moluscos, mexilhões, lulas e camarões
Estimativa mundial da população: 800.000 fêmeas em idade reprodutiva

TARTARUGA-GIGANTE ou DE-COURO

TARTARUGA-GIGANTE ou DE-COURO
Nome Científico: Dermochelys coriacea
Nomes comuns: tartaruga-de-couro ou tartaruga-gigante
Status Internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN)
Status no Brasil: Criticamente Em Perigo (lista de espécies ameaçadas do IBAMA)
Distribuição: todos os oceanos tropicais e temperados do mundo
Habitat: principalmente alto-mar, sendo eventualmente encontrada em baías e estuários
Tamanho: até 2 m de comprimento curvilíneo de carapaça Peso: 500 kg em média, podendo atingir até 700 kg
Casco (carapaça): composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento; apenas os filhotes apresentam placas córneas, daí o nome popular: de-couro; a coloração é cinzenta-escura ou preta, com pontos brancos
Dieta: alimenta-se essencialmente de medusas Estimativa mundial da população: 34.000 fêmeas em idade reprodutiva

TARTARUGA FLATBACK

TARTARUGA FLATBACK
Nome Científico: Natator depressus
Status Internacional: falta de dados (status não definido pela IUCN)
Distribuição: Limitada às águas dos litorais das regiões noroeste, norte e nordeste da Austrália e do golfo de Papua Nova Guiné.
Habitat: prefere águas costeiras, baías e recifes de coral
Tamanho: Possui em média 90 centímetros de comprimento curvilíneo de carapaça;
Peso: Pesa em média 120 quilos;
Casco (carapaça): 4 placas laterais de coloração acinzentada, com tons marrom e amarelo; formato oval; corpo reto, achatado e liso Cabeça: a cabeça possui um único par de placas pré-frontais
Nadadeiras: dianteiras e traseiras com uma unha
Dieta: variada, alimentando-se essencialmente de pepinos-do-mar, medusas, moluscos, camarões grandes, briozoários e outros invertebrados
Estimativa mundial da população: menos de 7.500 fêmeas em idade reprodutiva

LORA ou KEMPS RIDLEY

LORA ou KEMPS RIDLEY
Nome Científico: Lepidochelys kempii
Status Internacional: Criticamente Em Perigo (classificação da IUCN)
Distribuição: a maioria dos adultos existe no Golfo do México; os juvenis variam entre áreas dos litorais tropicais do noroeste do oceano Atlântico
Habitat: preferem áreas rasas com fundos arenosos e enlameados
Tamanho: entre 60 e 70 cm de comprimento curvilíneo de carapaça
Peso: entre 35 e 50 quilos
Casco (carapaça): cinco placas laterais com coloração verde-cinzenta-escura (nos adultos)
Cabeça: pequena e relativamente triangular
Nadadeiras: dianteiras e com uma unha; traseiras podem ter uma ou duas
Dieta: Possuem mandíbulas poderosas que as ajudam na alimentação de caranguejos, mexilhões, e camarões. Também se alimentam de peixes, anêmonas e medusas;
Estimativa mundial da população: menos de 1.000 fêmeas em idade reprodutiva

ATIVIDADES DIÁRIAS

As tartarugas marinhas são solitárias e permanecem submersas durante muito tempo, o que dificulta extremamente o estudo do comportamento. As décadas de pesquisa, entretanto, produziram introspecções úteis em atividades diárias, como cópula e postura.
Possuem visão, o olfato e a audição desenvolvidos, além de uma fantástica capacidade de orientação. Por isso, mesmo vivendo dispersas na imensidão dos mares, sabem o momento e o local de se reunirem para reprodução. Nessa época, realizam viagens transcontinentais para voltar às praias onde nasceram.
Fora da época reprodutiva, as tartarugas marinhas podem migrar centenas ou milhares de quilômetros. Podem dormir na superfície quando estão em águas profundas ou no fundo do mar, sob rochas, em áreas próximas à costa. Os filhotes flutuam na superfície durante o sono e geralmente mantém as nadadeiras dianteiras encolhidas para trás sobre a parte traseira do corpo.

Acasalamento

O acasalamento ocorre no mar, em águas profundas ou costeiras. A fêmea escolhe um entre vários machos e o namoro começa com algumas mordidas no pescoço e nos ombros. A cópula dura várias horas e uma fêmea pode ser fecundada por vários machos. A fecundação é interna e uma fêmea pode realizar em média de três a cinco desovas para uma mesma temporada de reprodução, com intervalos médios de 10 a 16 dias.

Desova e Nascimento

No litoral brasileiro, as desovas acontecem entre setembro e março, com variação entre as espécies. Nas ilhas oceânicas (apenas a espécie Chelonia mydas), entre janeiro e junho. Os filhotes rompem os ovos e nascem após 45 a 60 dias de incubação em média.

Seleção de praias

Para desovar, as fêmeas procuram praias desertas e normalmente esperam o anoitecer, pois o calor da areia, durante o dia, dificulta a postura e, além disso, a escuridão da noite as protege de vários perigos. Quando a noite vem, as tartarugas escolhem um trecho da praia livre da ação das marés para construir a cama e o ninho.

Cama

Com as nadadeiras anteriores, escavam um grande buraco redondo, de mais ou menos dois metros de diâmetro (chamado de cama), onde se alojam para iniciar a confecção do ninho. Elas podem fazer várias camas, até escolherem uma para pôr os ovos.

Ninho e postura

Feita a cama, constroem, com as nadadeiras posteriores, um outro buraco para o ninho, que tem cerca de meio metro de profundidade. Esse comportamento de postura dos ovos varia um pouco de acordo com a espécie e com a área em questão, mas já se sabe que em uma única temporada de desova a mesma fêmea pode subir à praia para desovar até oito vezes, com intervalos que variam entre 10 e 16 dias.

Incubação

Depois da postura, a mãe volta para o mar. O que faz os filhotes se desenvolverem dentro do ovo é o calor da areia. Temperaturas altas (acima de 29 ºC) produzem mais fêmeas, temperaturas mais baixas (abaixo de 29 ºC) produzem mais machos.

Nascimento

Entre 45 e 60 dias após a fêmea colocar os ovos, estes se rompem para nascerem os filhotes. Em movimentos sincronizados, um filhote ajuda o outro, retirando a areia, até todos alcançarem a superfície do ninho e correrem imediatamente para o mar. A saída dos filhotes à superfície ocorre quase sempre à noite e para chegarem ao mar, eles se orientam pela luminosidade do horizonte. Mas uma chuva forte, provocando o resfriamento da areia, pode provocar a saída de uma ninhada durante o dia.

Sobrevivência

Os filhotes são pequenos e frágeis, medindo apenas cerca de cinco centímetros. Muitos são devorados por siris, aves marinhas, polvos e principalmente peixes. Outros morrem de fome e doenças naturais. Estima-se que, de cada mil tartarugas nascidas, apenas uma ou duas atingem a idade adulta. Mas, depois de adultas, poucos animais conseguem ameaçá-las, com exceção do homem.

Migração

As tartarugas marinhas são animais migratórios por excelência, viajando milhares de quilômetros entre as áreas de alimentação e as praias de desova. Devido a esta grande habilidade migratória, conseguem retornar a praia em que nasceram quando atingem a maturidade para se reproduzir.
Pesquisas para melhor compreender como as tartarugas marinhas migram tem sido foco de estudos realizados por cientistas durante décadas. Por serem animais altamente migratórios e poderem cruzar fronteiras de vários países, devem ser protegidos através de acordos de cooperação internacionais para que o esforço de conservação seja efetivo.

Ciclo de Vida

Após o nascimento, os filhotes emergem do ninho e correm para o mar, passando as horas seguintes nadando para regiões oceânicas, onde estão mais seguros de predadores e conseguem buscar alimento.
Durante um longo período, chamados pelos pesquisadores de “anos perdidos”, não há praticamente nenhuma informação sobre o que acontece aos filhotes. Imagina-se que fiquem boiando entre algas ou vagando à deriva em mar aberto.
Após esse período, entram em fase juvenil, estando grandes o suficiente para retornarem às águas costeiras, onde permanecem, se alimentando e crescendo, até atingirem a idade adulta.
Ao atingirem a idade adulta e a maturidade sexual, provavelmente permanecem em uma área de alimentação durante toda a vida, exceto durante as temporadas reprodutivas, quando machos e fêmeas retornam à praia em que nasceram para o acasalamento e desova.

Navegação

Em mar aberto, as tartarugas marinhas encontram fortes correntes, e mesmo com estas limitações, são capazes de navegar regularmente por longas distâncias para encontrar suas praias de desova. Os mecanismos de navegação que as permite sempre reencontrar sua praia de desova são ainda um grande mistério, estudado por várias gerações de pesquisadores.
Uma nova teoria sobre como as tartarugas marinhas navegam sugere que eles são capazes de detectar o ângulo e a intensidade do campo magnético terrestre. Utilizando estas duas características, elas conseguiriam determinar sua latitude e longitude, e assim sua posição em mar aberto. Os primeiros experimentos parecem provar a habilidade das tartarugas marinhas em detectar esses campos magnéticos.

Como peixe elétrico dá choque?


Não é lenda, como muitos pensam: alguns peixes têm sim a capacidade de dar choques, alguns com alta voltagem. Os peixes elétricos existem em todo o Brasil, mas aparecem mais na região norte, especialmente na Bacia Amazônica.
O oceanógrafo Ricardo Cardoso, do Aquário de São Paulo, explica que esses animais tiveram uma adaptação da musculatura lateral do corpo. Essa musculatura virou uma grande bateria, que armazena eletricidade.
Mas de onde vem essa eletricidade? "Todo movimento muscular se dá através de sinapses, impulsos elétricos aos músculos. Os peixes elétricos armazenam nos músculos laterais a corrente gerada por essas sinapses, em vez de consumi-la", diz Cardoso. E usam essa energia para reagir a ataques, se comunicar, disputar com outros peixes território ou acasalar.
"Quanto maior o animal, mais forte o choque", diz Cardoso. Alguns, como o puraquê amazônico, chegam a dar descargas de 600 volts. Um choque desses pode paralisar os movimentos e causar afogamento. Apesar disso, o oceanógrafo sabe apenas de um caso de morte por "ataque" de peixe elétrico: em um aquário, um desses animais pulou para fora do tanque e um funcionário agarrou-o para devolvê-lo à água. Com o susto, o peixe liberou a descarga - mas como o homem tinha um marcapasso, o choque terminou por causar um ataque cardíaco.

sexta-feira, 29 de junho de 2012


A enguia-elétrica, conhecida também como poraquê, é um peixe-elétrico e a única espécie do gêneroElectrophorus. Apesar do nome, a enguia-elétrica não está relacionada com as enguias verdadeiras (Anguilliformes), mas é um membro da ordem dos peixes-faca Neotropicais (Gymnotiformes), sendo parente próximo dos bagres.
As enguias-elétricas têm um corpo longo e cilíndrico, cabeça achatada e atingem em média 2 m de comprimento, pesando cerca de 20 kg, tornando-a a maior espécie da ordem dos Gymnotiformes. Geralmente têm coloração cinzenta ou verde escura nas costas e amarelada ou laranja no ventre. Machos adultos têm uma cor mais escura no ventre. Elas não têm escamas, e a sua nadadeira anal se estende pelo corpo até a ponta da cauda. Enguias-elétricas têm um órgão respiratório vascularizado na cavidade oral (Albert, 2001), e respiram ar atmosférico, subindo à superfície a cada 10 minutos.
A enguia-elétrica é uma espécie noturna de água doce encontrada nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, e geralmente habita o fundo lamacento dos rios, riachos, lagos e pântanos. Os juvenis se alimentam de invertebrados, enquanto os adultos se alimentam de peixes e pequenos mamíferos.
Ela é capaz de gerar poderosos choques elétricos, usados como auto-defesa e para a caça. As descargas elétricas da enguia-elétrica são produzidas por células musculares especiais, modificadas – os eletrócitos, sendo o conjunto deles denominado de mioeletroplacas. Cada célula nervosa típica gera um potencial elétrico de cerca de 0,14 volt. Essas células estão concentradas na cauda, que ocupa quatro quintos do comprimento total do animal.
Variam de cerca de 2.000 a mais de 10.000 mioeletroplacas que uma enguia-elétrica adulta possui, conforme o seu tamanho. Dispõem-se em série, como pilhas de uma lanterna, e ativam-se simultaneamente, quando o animal encontra-se em excitação, como na hora da captura de uma presa ou para defender-se, fazendo com que seus três órgãos elétricos – o de Sach, o de Hunter e o órgão principal – descarreguem.
A maior parte desta energia expressiva é canalizada para o ambiente, não afetando o indivíduo, o qual possui adaptações especiais em seu corpo, ficando assim isolado de sua própria descarga.